Nenhuma outra disciplina é tão completa como é a disciplina de música. Na escola faz com que a vivência entre os alunos seja diferente. O próprio ambiente escolar se modifica quando a música é inserida. Gainza 1988 apud Chiarelli e Barreto, ressalta que:
“As atividades musicais na escola podem ter objetivos profiláticos, nos seguintes aspectos: Físico: oferecendo atividades capazes de promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga; Psíquico: promovendo processos de expressão, comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro; Mental: proporcionando situações que possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão”.
Além disso, o ensino de música desenvolve a concentração, memória, coordenação motora, sociabilização, acuidade auditiva e disciplina. Segundo Fishman apud Bréscia (2003, p.60) afirmam que “[…] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter um impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades linguísticas nas crianças”.
O ensino musical possui alguns recursos que são utilizados como estratégias para o fazer musical. O mais utilizado, pelo seu custo e pela sua facilidade de manuseio, é a Flauta Doce que é um instrumento utilizado universalmente no processo de musicalização infantil. O aprendizado musical se torna mais breve sendo muito produtivo no desenvolvimento rítmico e melódico.
Como professora de Flauta Doce percebo que nas atividades diárias há um maior interesse nas aulas, pois sendo um instrumento de fácil manuseio, a criança sente que é mais fácil seu desenvolvimento. Segundo Beineke (1997.p. 86) “…questão que diferencia o trabalho com a flauta doce na escola é que a aula de música é o centro da proposta“. Favorece a percepção auditiva, aguça o ouvido, motiva a criança a querer escutar e executar a Flauta.
Ao fazer música, manusear o instrumento, tocar e ser motivado a criar suas músicas e aprender novas melodias, o aluno se torna mais confiante, desenvolvendo sua criatividade e sua autoestima. Segundo Damasceno “a prática pessoal de algum instrumento ou canto contribuem para o equilíbrio físico, emocional, e mental do indivíduo“.
Para que haja um interesse e motivação, a capacidade de criação e reprodução do aluno devem ser aguçadas. Assim, sentem que sua capacidade vai além do que simplesmente tocar algo pré-estabelecido na partitura. Todos os recursos que buscam o desenvolvimento da criatividade, autoestima e autonomia, devem ser utilizados para que o crescimento individual e em grupo seja completo. Segundo Beineke “(…) é também essencial que eles sejam incentivados a tocar de ouvido, tirando músicas que fazem parte de suas vivências quotidianas”.
Precisamos nos preocupar com o desenvolvimento completo, integral do aluno. O ensino de Flauta Doce vem colaborar para o desenvolvimento tanto na parte emocional, como social e cognitiva.